Número 399 - Ano 2 - SEXTA-FEIRA, 10 de maio de 2002
Na cadeia
Tem mais um vereador da região atrás das grades. Desta vez foi parar na cadeia Mauro Martins, de Quinta do Sol. Ele foi preso ontem à tarde, acusado de assédio sexual contra uma ex-funcionária menor de idade. Martins também foi acusado de forjar uma tentativa de extorção contra essa funcionária. Se deu mal. Aliás, na cadeia pode-se usar diárias?...
Outro casos
A prisão de Martins é a segunda de um vereador na região em menos de duas semanas. No dia 29 de abril, José Estevam Amaral, de Corumbataí do Sul, foi preso acusado de cobrar taxas para iniciar o processo de aposentadoria de trabalhadores rurais. Em Quinta do Sol, outro vereador, José Reinaldo Ferreira, responde inquérito pelo mesmo motivo. Que beleza!...
Recisão
A prefeitura de Engenheiro Beltrão rescindiu o contrato com a empresa Furlesa Construção e Saneamento, que era a responsável pela obra de ampliação de uma escola da cidade. O prefeito Euclides Saquetti disse que a obra tinha um atraso injustificado. O contrato era de junho de 1998! A prefeitura também vai à justiça contra a empresa. Ah, vá ver era um contrato até o penta na Copa...
Leilão
Em Nova Cantu tem leilão de máquinas. A prefeitura colocou à venda duas motoniveladoras pelo lance mínimo, pelas duas, de R$ 15 mil. O curioso é que, apesar de estarem completas, as duas máquinas estão desmontadas. Uma delas completamente desmontada. A outra, “semidesmontada”. Ih, isso tá com uma cara que desmontaram e não souberam montar mais...
Dois em um
Essa vem de Juranda. O prefeito Militino Malacoski nomeou Bianca Luzia Rocateli para ser assessora de esportes. Tudo bem se não fosse um detalhe: Bianca é farmacêutica. Mas calma: Malacoski aproveitou a formação dela para nomeá-la, sem remuneração, como responsável pela farmácia do Hospital Municipal. Para compensar, deu-lhe 8% de gratificação. Eta munheca!...
Título
Por falar em Juranda, a Câmara de Vereadores acaba de aprovar um projeto que concede o título de Cidadania Honorária ao deputado federal Ricardo Barros, de Maringá. Olha aí, deputado pára-quedista recebe até homenagem na região. Daí, os candidatos da terrinha, coitados, nem votos conseguem...
Nomeado
Boca Santa segue na região, agora em Mamborê. O prefeito Lair Maggioni nomeou o secretário de Administração, Jair Alves Ferreira, como seu “representante para assinar documentos internos e burocráticos pertinentes à administração pública”. Ferreira é irmão do prefeito Armando Alves de Souza, morto em acidente. Ou seja: não muda nada...
No velório
Já que estamos em Mamborê, esta serve só para matar a curiosidade de muita gente da região. O ex-prefeito da cidade, Ricardo Radomski, foi, sim, ao velório de Armandinho. Os dois foram companheiros, mas se tornaram adversários ferrenhos na última eleição. Radomski consultou a família de Souza antes de ir ao velório. E o medo de não dormir sossegado...
Pesquisa
O vereador Celso Hruschka ficou constrangido com a pesquisa que ele fez em Campo Mourão sobre a eleição para deputado estadual. É que apesar do pedido para que não houvesse manipulação, ele ficou tão na frente dos demais pré-candidatos, mas tão na frente, que nem o próprio Hruschka está acreditando. Ah, os cabos eleitorais só quiseram manter o emprego, ué?...
Sem registro
Como a pesquisa não foi registrada, não pode ser publicada. Mas Boca Santa dá umas pistinhas. Um vereador de oposição ficou com 23%, um deputado com 19%, um ex-candidato a prefeito com 15%, um ex-deputado com 9% e dois atuais vereadores na casa dos 8%. Isso tudo para deputado estadual. É o paraíso da oposição essa cidade, hein?...
Farsa
Sobre pesquisa, alias, o PPS ficou irado com o último levantamento do Ibope no Paraná, que deu 50% para Álvaro Dias e 2% para Rubens Bueno. Para o partido, a pesquisa foi uma farsa. Ela teria sido encomendada por Dias que, como presidente da CPI do futebol, livrou a cara do ex-presidente do Botafogo, Carlos Montenegro, que é o chefão do Ibope. Mas ficou cara essa “livrada”, hein?...
Umuarama
Essa do bispo de Campo Mourão, D. Mauro Aparecido dos Santos, acumular a função de administrador apostólico da diocese de Umuarama parece uma volta no tempo. Quando a diocese de Campo Mourão foi criada, em 1960, englobava a região de Umuarama. Ou seja: D. Mauro vai fazer o que D. Eliseu Simões Mendes já fazia há 40 anos. Ih, isso foi antes do “Túnel do Tempo”...
População
Falando em história, a “Folha de Londrina” de ontem relembrou os resultados do Censo de 1960. Muita gente não sabe, mas Campo Mourão era o segundo município mais populoso do Estado, com 141.157 habitantes. Só perdia para Curitiba (361.309). Depois vinham Cruzeiro do Oeste (135.816), Londrina (134.821) e Maringá (104.131). Ô tristeza!...
Municipiozão
A essa altura você deve estar pensando que Campo Mourão tinha essa população toda (hoje são 80 mil) porque a região inteira era um município só. Isso é verdade. Só que hoje a região tem 320 mil moradores, pouco mais que o dobro da Campo Mourão de 1960. Enquanto isso, Maringá e Londrina se triplicaram. Curitiba quadruplicou. E nós é que somos pobres...
Filha do padre
Voltando à Igreja, vale esclarecer aquela história do padre Brás Emílio Modaeli, que foi afastado do sacerdócio por manter mulher e filha em Campo Mourão. Segundo D. Mauro, a menina tem seis anos, está registrada em nome do padre e recebe pensão dele. Modaeli atualmente está em Sinop-MT. Ih, mas nem com padre tendofilho nossa população cresce como em 1960?...