Agrário
O ouvidor agrário nacional, Gercino da Silva Filho, esteve ontem à tarde em Luiziana. Ele se reuniu com a PM e com membros da prefeitura para tentar achar um solução para o caso dos sem-terra que querem se acampar no município. Eles já tentaram se acampar por lá durante três vezes, mas foram expulsos pela PM. É sempre assim: “com-terra” não aparece nunca...
Resistência
Na reunião de ontem, Gercino encontrou resistência por parte da prefeitura. O prefeito Wilson Tureck estava em Curitiba e foi representado pelo coordenador geral Carlos Alberto Salvadori. O coordenador disse que a prefeitura não tem como oferecer saúde e educação para as famílias de sem-terra. Imagine se Luiziana não tivesse um deputado, hein?...
Humilde
Pressionado pelos sem-terra, Salvadori fez o maior discurso de vítima. Disse que é filho de um agricultor que tem uma área de apenas 7 alqueires e que mesmo assim já tem um curso superior com pós-gradução e tudo e agora está cursando direito. Disse também que mora em casa alugada e sonha em ter uma propriedade rural. Ah, entra pro MST e acampa na beira da rodovia...
Importante
Para se ter uma idéia da importância da reunião de ontem, além do ouvidor geral estavam em Luiziana o superintendente do Incra no Paraná, José Carlos Vieira, e um dos principais líderes do MST no Estado, Roberto Baggio. Os sem-terra, aliás, reclamaram que só querem a beira da estrada para ficar até sair um assentamento. Ih, mas nem isso tem mais?...
Explicações
Os sem-terra reclamaram ao ouvidor que foram retirados das margens da rodovia de acesso a Luiziana sem que houvesse uma ordem judicial. O comandante do 11o BPM, major Nélson João Casarolli, disse que tinha ordens superiores. Pra quê! Gercino anunciou que vai cobrar do secretário José Tavares (Segurança) por que isso ocorreu. Ah, vá ver foi só um mal entendido...
E o acordo?
A queixa do MST é que as ações da PM estão impedindo eles de ficar à beira de uma estrada. E olha que das três vezes que os sem-terra foram despejados, duas não tinham mandado judicial. Isso contraria um acordo que a Ouvidoria Agrária tem com o governo do Estado desde novembro de 2000. Ué, talvez o governo não saiba que Luiziana fica dentro do Estado...
Flagrante
O major Casarolli ainda tentou argumentar que a ação de terça-feira ocorreu sob flagrante, mas não teve jeito. Uma integrante do MST foi logo dizendo que flagrante só pode ser usado em crimes de ação pública, o que não era o caso. Segundo ela, os crimes de ação privada precisam de um mandado judicial. Ih, aula de direito grátis para todos os presentes...
Coagel
Polêmica à vista. A Cooperativa de Goioerê (Coagel) apresentou denúncia no Fórum de Campo Mourão contra o Banco do Brasil. Ela diz que o BB vem se negando a fazer financiamentos aos seus cooperados. Tudo porque a Coagel entrou na Justiça contra o banco, acusando-o de não refinanciar as dívidas da cooperativa. Pensa que é só no Oriente Médio que tem retaliação, é?...
Dívida
Na denúncia entregue ao MP, a Coagel prevê um caos no campo caso o Banco do Brasil continue negando a financiar seus cooperados. O caso já virou um inquérito civil. Mas o BB alega que a Coagel quer pagar muito menos do que deve e que os cooperados, como sócios da cooperativa, também são devedores e não podem ter novos empréstimos. Hummmm...
Inri Cristo
Todo mundo conhece Inri Cristo, o brasileiro que diz ser a reencarnação de Jesus Cristo. Pois é. O “Homem” estará hoje em Ubiratã. A partir das 18h ele será o entrevistado do programa “Na Mira da Lei”, da TV Aymoré (a irmã mais velha da TV Carajás). Pobre Cristo. Na primeira vez foi crucificado. Agora já está na “mira da lei”...
Escolinha
Falando em TV Carajás, a emissora de Campo Mourão vai estrear em breve a “Escolinha da Alegria”. Será um humorístico ao estilo “Escolinha do professor Raimundo” todo feito por artistas da cidade. É sério! Mais um pouco e fazem também uma Casa dos Artistas e um Show do Milhão por aqui. Show do Milhão? Ah, Show do Cenhão fica mais fácil...
Caseiro
Já dá até para ir imaginando como seria um “Big Brother” feito em Campo Mourão. Como a gente não tem o dinheiro da Globo nem do SBT, a casa poderia ser uma dessas da Cohapar mesmo. A vantagem é que a casa popular de tão pequena que é, uma câmera só pode filmá-la inteirinha. Além do mais, ninguém precisa votar em ninguém. A CEF se encarrega do despejo...
Demissões
Quando o Banestado foi privatizado, a extinta agência de Campo Mourão tinha cerca de 60 funcionários. Quando houve a incorporação com o Itaú, ainda restavam uns 30. Hoje, do saudoso Banestado, restam 15 funcionários no Itaú. E as demissões continuam. Dizem as más línguas que aquilo parece o Big Brother: toda semana sai um...
Passageiros
Não bastassem todos os ti-ti-tis envolvendo as empresas de ônibus e a administradora da rodoviária de Campo Mourão, tem mais uma coisa deixando a Aterfi com a pulga atrás da orelha. É que o número de passageiros que vem embarcando no terminal é pelo menos 6 mil a menos do que o esperado. Ah, deve ser apego com a rodoviária velha. Só pode...
Derrubada
Enquanto Campo Mourão ainda discute o que fazer com o prédio da velha rodoviária, em Luiziana o antigo barzão de madeira que durante muito anos serviu como terminal de embarque e desembarque já não existe mais. O casarão que estava abandonado faz tempo foi desmanchado. Não sobrou nada. Nadica de nada. Ô judiação!...
CONTAGEM REGRESSIVA: Faltam 28 dias para o prefeito Tauillo Tezelli decidir se cumpre o mandato até o fim ou se renuncia a prefeitura e concorre a deputado.