Saiu ontem a liberação da primeira parcela (R$ 99 mil) daqueles R$ 330 mil que o governo do Estado estava devendo à Santa Casa de Campo Mourão. O chequinho já está com o deputado Nélson Tureck (PFL). Tá duvidando? O cheque, do Banestado, leva o número 203520 e é nominal à prefeitura de Campo Mourão. Do jeito que a gente é azarado, só falta não ter fundo...

Esta saiu na última edição do "Órgão Oficial do Município". A prefeitura vai cortar 10% das despesas com pessoal. Para isso, proibiu horas extras;  suspendeu cursos, palestras e seminários fora do município; limitou as viagens e proibiu a contratação de estagiários, entre outras medidas. E o IPTU vão cortar também? Só se cortarem algum desconto...

A prefeitura também vai cortar despesas de custeio (10% de economia); trocar vigias por alarmes (40%); substituir lâmpadas (20%); mudar o sistema de telefonia (20%) e reduzir abastecimento da frota (20%). Como dá para ver, o prefeito Tauillo Tezelli (PPS) está parecendo diretor de cinema: "Corta! Corta! Corta!"...    

Economia de um lado, gasto de outro. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico trocou as salas da prefeitura por outras alugadas, na rua Harrison José Borges, ao lado do Bradesco. Onde funcionava a secretaria passará a abrigar as bancadas do PSL, do PMDB e do PFL. Ih, ainda deram o espaço para a oposição?...

O ex-vereador Júlio Vieira (PMDN) aprontou mais uma das suas ontem de manhã. Ele fez o maior "pampeiro" e não deixou que a Sanepar cortasse o fornecimento de água da casa dele, no Cohapar. E olha que a Sanepar foi ao local com a proteção da Polícia Militar. Imagine se ele ainda fosse vereador e estivesse "dócumentado"...

Júlio Vieira não paga a tarifa de água faz é muito tempo. Oficialmente sua conta já foi até cortada (o hidrômetro, por exemplo, foi retirado). A Sanepar acusa agora o ex-vereador de estar furtando água através de uma ligação clandestina. É, criticar a Sanepar é fácil. Difícil é viver sem ela...

O gerente da Sanepar em Campo Mourão, Roberto Takashima, explicou ontem que a empresa se retirou do local porque não quis entrar nas vias de fato com Vieira. Ele lembrou, porém, que o ex-vereador já responde inquérito sob a acusação de furto de água e que a Sanepar vai aguardar uma decisão judicial. Ih, então muita água ainda vai rolar. Literalmente...

Enquanto a Justiça não toma uma decisão, Júlio Vieira canta vitória. Ontem ele passou o dia dizendo que não permitiu que mexessem em sua água. Disse também que vai denunciar o comando da Polícia Militar em Campo Mourão por abuso de poder. Agora, dá para imaginar o que ele faria se tivesse razão nessa história?...

Defensor da venda da Copel, o deputado Nélson Tureck (PFL), achou um jeitinho de provocar o deputado federal e "governadorável" Rubens Bueno (PPS), que critica a privatização da empresa. Tureck ainda dizendo por aí que, quando prefeito, Bueno vendeu as ações da Copel que o município possuía. Até parece um erro justifica outro...

Pouca gente lembra, mas no início de 1999 a Câmara de Campo Mourão aprovou, por unanimidade, um requerimento do vereador Edson Battilani (PPS), sugerindo ao governo do Estado que criasse a Unespar através da união das faculdades isoladas do Paraná. Ué, Tureck e Tezelli não brigavam pela paternidade da Unescam? Battilani é o pai da Unespar...

A Viapar não gostou nem um pouquinho da iniciativa do prefeito de Mamborê, Armando Alves de Souza (PPB), de mandar cascalhar a estrada rural que serve como desvio do pedágio da BR-369. Segundo a concessionária, só há o que lamentar no episódio. É, quem perde dinheiro tem mais é que lamentar mesmo...

De acordo com a Viapar, os desvios de praças de pedágios são pontos perigosos para os motoristas. Eles estariam provocando acidentes, uma vez que seus acessos não são sinalizados, e sendo alvo de assaltantes. Isso sem contar que em desvio não tem assistência das concessionárias. Olha aí, mas uma conquista da privatização das estradas...

A Viapar também afirma estranhar que, em pleno vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, um município incentive o desvio de ISS (quem não passa no pedágio não paga o imposto) e gaste recursos públicos com a manutenção de estradas usadas como desvios. Ah, quem pode, pode...

Em Juranda, um grupo de 30 professores municipais preparou um abaixo-assinado em solidariedade às quatro professoras que foram transferidas pelo prefeito Militino Malakoski (PTB). Os professores afirmam que o ato foi uma perseguição e não um simples remanejamento. As professoras, é bom que se frise, vinham denunciando desvios no Fundef. Hummm....

Os vereadores José Turozi e professor Idê, do PV, apresentaram indicação na Câmara lembrando a prefeitura que a disciplina de educação física deve ser obrigatória nas escolas municipais. Tudo certo. Só um pequeno detalhe: Idê é professor da disciplina. Humm, legislando em causa própria, hein?...