O comando de greve das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM) e Cascavel (Unioeste) esteve reunido ontem em Campo Mourão. O grupo estava revoltado com o governador Jaime Lerner (PFL), que deu uma entrevista dizendo que a média salarial dos professores é de R$ 3,8 mil. Quem dera! Ah, vá ver o governador estava falando de Nova York, cidade que ele conhece melhor que o interior do Estado...
Contracheque
Os professores que estavam em Campo Mourão fizeram questão de mostrar seus contracheques para provar que coisa não é bem assim. Francis Nogueira, uma professora da Unioeste com doutorado e 27 anos de carreira, por exemplo, recebe bruto R$ 3,5 mil. Líquido dá R$ 2,7 mil. E isso porque ela tem dedicação exclusiva na universidade. Mas nem um biquinho escondido no Paraguai dá para fazer?...
Desafio
Em Campo Mourão, aliás, os professores em greve fizeram um desafio. Segundo eles, se existe algum marajá nas universidades estaduais do Paraná, ele deve mostrar seu contracheque. Isso porque, de acordo com o comando de greve, para que a média salarial seja de R$ 3,8 mil, como diz o governador, é preciso ter alguém ganhando seus R$ 20 mil. Ih, então é melhor chamar o Collor de Mello...
Contradições
Os grevistas também se irritaram com as contradições do governo. Primeiro o secretário Ramiro Wahrhaftig aparece dizendo que só negocia com a volta das aulas. Depois, o governador fala que não há como dar reajuste por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ué, mas então o secretário iria negociar o quê? Só se for a venda das universidades junto com a Copel...
Saudades
Os petistas de Campo Mourão estão com saudades do Anízio Moraes (Rádio Colméia), que está em férias desde o início do mês. Pudera. O substituto Ely Rodrigues abre o programa praticamente todos os dias falando mal do PT. Como o partido ainda não assumiu o poder em Campo Mourão, Ely fala mal das administrações de Maringá e Londrina mesmo. Ih, o Anízio era “companheiro” e a companheirada não sabia...
Cirurgia
Outro dia desses, Ey Rodrigues criticou o prefeito de Maringá, José Cláudio (PT), porque o secretário de Saúde dele afirmou que a prefeitura não poderia bancar cirurgias de redução de estômago durante a greve do Hospital Universitário da UEM. Hummmm, quem vê pensa que a prefeitura de Campo Mourão paga esse tipo de cirurgia faz tempo...
Promessa
Lembra daquelas estradas rurais da região que o governo começou a asfaltar e depois deixou tudo no meio do caminho? Pois é. O deputado Nélson Tureck (PSDB) jura que agora sai tudo. Ele chegou a dizer ontem, na Rádio Humaitá, que se não sair o asfalto de Mamborê a Guarani, não vai nem fazer campanha na cidade do prefeito Armandinho (PPB). Olha que peixe morre pega boca...
Flor do Oeste
Ano de sucessão eleitoral no governo estadual acontece de tudo. Em Goioerê, o ex-vereador e chefe do Núcleo Regional de Ensino, José Lopes Rodrigues, vem jurando, em nome de Tureck, que será feito o asfaltinho até a Vila Rural Flor do Oeste. Detalhe: a obra já havia sido prometida na campanha de 98. Ah, mas como diria o Rei Roberto, daqui pra frente tudo vai ser diferente! Ou será que está mais para o tremendão Erasmo com o seu “pega na mentira”?...
Candidato
Polêmica em Goioerê. Membros do PMDB andaram se reunindo e chegaram à conclusão que o partido não deve lançar candidato a deputado estadual. Alegam que isso prejudicaria o bom relacionamento que o prefeito Antônio Sena (PMDB) vem tendo com o deputado Nélson Tureck. O problema é que o vereador Ademir Flor (PMDB) já está em campanha. Ih, essa questão não é flor que se cheire...
Lição
Segundo o jornal goioerense “Gazeta Regional”, Ademir Flor vem dizendo que quem não quer sua candidatura são os mesmos que não queriam a candidatura de Sena à prefeitura. O jornal lembra, porém, que o próprio Flor fez parte de uma comitiva que foi pedir a Sena que desistisse da candidatura pela Executivo. Ah, vá ver ele aprendeu a lição e está arrependido...
Possível
Goioerê, aliás, tem uma história interessante. O prefeito Antônio Sena iniciou a disputa com 2% nas pesquisas. Com isso, fez a campanha sozinho, ajudado apenas por meia dúzia de amigos. Tanto é assim que, ao se eleger, nem tinha companheiros de campanha suficientes para formar o secretariado. Teve que nomear até quem votou em adversários. Só que agora todo mundo acha que tem chances de se eleger. Ih, em Campo Mourão faz tempo que é assim...
Reintegração
Tem gente que ainda não entendeu porque a PM expulsou os 150 sem-terra de Luiziana se eles estavam acampados às margens de uma rodovia e não dentro de uma propriedade . Na verdade, a reintegração de posse foi dada pela juíza substituta Sandra Regina Bittencourt Simões. Ela aceitou a argumentação de que os sem-terra estavam atrapalhando o trabalho na fazenda. É, antes retirados pela PM do que por um agrotoxicozinnho qualquer...
Nomes
Só para matar a curiosidade de muitos e esclarecer a dúvida de alguns: a Fazenda Baronesa dos Candiais 2, onde estavam os sem-terra, pertence à Algolim e está arrendada desde abril para Daniel Zimmermann e Valdomiro Bognar. Antes disso a fazenda esteve arrendada para a Coamo, que mantinha um canavial na propriedade. Entendido? Portanto, qualquer história diferente que se conte por aí é mera boataria...
Onde velar?
Enquanto durar a reforma na Capela Mortuária de Campo Mourão, onde devem ser realizados os velórios? 1) No gabinete do prefeito. Ele está em férias mesmo. 2) Na rodoviária velha, onde há amplo estacionamento. 3) Nas creches que estão em férias coletivas. 4) Na capela mais próxima, em Peabiru. 5) Na Usina do Conhecimento, que “já” está coberta. 6) Cancela o velório e enterra o defunto logo. Vote em nossa enquete. Mas vote mesmo, afinal, você pode ser o próximo...