-
BOCA SANTA mata a cobra e mostra a cobra a morte. Esta página foi a primeira a divulgar, no sábado, que o Provopar de Campo Mourão vai realizar no próximo dia 4 um leilão de 36 virabrequins de caminhão. Pois eis um dos tais virabrequins que vão a remate no mês que vem. Cada um tem o lance mínimo de R$ 449,00, o que projeto a arrecadação total para pelo menos R$ 16,1 mil. E de onde veio tanto virabrequim importado? O Provopar conseguiu com a Receita Estadual. Agora digam que Provopar não quer dizer Programa do Virabrequim Paranaense...
-
O Corpo de Bombeiros de Campo Mourão está devendo na praça cerca de R$ 30 mil em alimentação para a tropa. Verdade. A revelação foi feita ontem à noite durante sessão especial da Câmara de Vereadores que discutiu o Fundo de Reequipamento dos Bombeiros (Funrebom). O problema começou porque o governo do Estado passou a obrigação para o município. Ih, bem que a gente notou que os bombeiros estavam emagrecendo...
-
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Widerski, que participou da sessão especial, explicou que o problema não é a falta de dinheiro. Segundo ele, a questão é de legalidade jurídica. Explica-se: como o convênio entre prefeitura e Estado não previa o pagamento de alimentação, o município ficou sem ter como justificar a compra de comida para os bombeiros. É sempre assim: quando tem dinheiro, trava tudo na burocracia...
-
Só para ficar bem claro: a prefeitura de Campo Mourão recebeu um ofício do Estado avisando que a partir de agosto de 2000 a alimentação dos homens do Corpo de Bombeiros ficaria por conta do município. Isso do dia para a noite, assim como fizeram com o corte das verbas para o pagamento dos servidores do Cefet. E olha que o governador diz que gosta de Campo Mourão...
-
Os vereadores da oposição não se conformaram ontem com a informação de que 30% do que é arrecadado no Funrebom não é usado para a compra de equipamentos, como se imaginava. Essa parcela é tida como de "administração" e a grana fica com a prefeitura. São mais de R$ 50 mil por ano para administrar o fundo. Eta administraçãozinha cara, hein?...
-
O Funrebom é formado pelas taxas de vistoria e de combate a incêndio. O curioso é que sabe-se lá porque a arrecadação vem caindo nos últimos anos. Foi R$ 179 mil em 1999; R$ 163 mil em 2000 e, este ano, até agora, não passou de R$ 138 mil. Portanto, segura o fogo que o dinheiro sumiu...
-
Durante a sessão especial de ontem, o comandante do Corpo de Bombeiros lembrou que a unidade atende 22 municípios da região, mas não recebe um tostãozinho sequer das outras cidades. Nada! Segundo Silva, isso até que poderia ser feito, uma vez que é previsto em lei. Ih, como as prefeituras não ajudam nem a Santa Casa, melhor partir para aquela idéia do prefeito de Mamborê de sair arrecando bezerros por aí...
-
O tenente Jorge Inácio da Silva não foi muito animador, não. Ele disse que se um prédio grande de Campo Mourão chegar a pegar fogo, será uma catástrofe, uma vez que a guarnição não tem equipamentos necessários para o combate. Só que isso, segundo ele, ocorre até em São Paulo ou Nova York. O comandante explicou que o trabalho tem que ser na base da prevenção. Menos mal que Osama bin Laden não tem nada contra Campo Mourão, tem?...
-
A certa altura da reunião, o presidente Izael Skowronski (PPS) quis saber se os quebra-molas atrapalham os bombeiros na hora do atendimento às ocorrências. Silva não reclamou. Chegou a dizer que é favorável a tudo que reduza a velocidade dos veículos. Só fez uma ressalva. Afirmou que uma lombadinha existente bem em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros atrapalha muito. Ah, também esses bombeiros saem sempre tão apressados...
-
Já Juvenal Vieira (PTB) queria saber havia possibilidade de se construir um posto do Corpo de Bombeiros no Lar Paraná. Silva disse que não. Segundo ele, o número de ocorrências na cidade não justifica a criação de um novo posto. Mais: quando isso for necessário, ele ressaltou que é melhor priorizar os bairros vizinhos ao Aeroporto, onde o risco de acidentes é maior. Mas nem adianta se animar que isso não é pra já, viu Sebastião Ribeiro (PT)?...
-
O promotor Inácio de Carvalho Neto e o presidente do Conselho Municipal de Segurança, Walter Batista dos Santos Júnior, não compareceram ontem à noite na sessão especial da Câmara que debateu o Funrebom. Eles eram convidados especiais, mas não foram à reunião nem enviaram justificativas. Ah, se até cinco vereadores faltaram...
-
Foi aprovado ontem à noite, em segundo turno, o projeto de lei que acaba com a taxa mínima da Sanepar em Campo Mourão. A idéia da Câmara é fazer com que os usuários paguem pelo que consomem. Nem mais, nem menos. Só é bom não se iludir. A Sanepar lembra que existe um contrato assinado por duas partes e que alterações obrigam o entendimento dessas duas partes. A quem interessar possa, o contrato vence em 2006...
-
A bancada do PV recebeu ontem exemplares da cartilha da Comissão de Legislação Participativa do Congresso Nacional. Como BOCA SANTA já divulgou, os verdes querem implantar uma comissão semelhante na Câmara de Campo Mourão. Detalhe: segundo a cartilha, um dos vice-presidentes da Comissão do Congresso é o deputado Ricardo Ferraço (PPS/ES). Ih, pelo jeito o PPS capixaba é diferente do nosso...
-
Há coisas difíceis de se entender. Você sabia que na hora de se apresentar emendas ao orçamento do município têm prioridade as propostas que chegam primeiro. É sério. Uma emenda pode ter o apoio de 16 dos 17 vereadores que, mesmo assim, fica de fora se uma outra, como apoio de um único vereador, tiver sido registrada antes. Ah, esses gregos não inventaram essa tal democracia direito...
-
Se depender dos vereadores Edson Battilani e Sidnei Jardim, do PPS, caminhões e ônibus de turismo não poderão mais passar pelo perímetro urbano de Campo Mourão. Eles já fizeram esse pedido à prefeitura, via Câmara. A dupla justifica que o anel viário já está pronto e ônibus e caminhões podem passar por lá. Só falta mandarem colocar uma placa na entrada da cidade: "Caminhões e ônibus não sejam bem-vindos"...
-
Falando em ônibus, seis vereadores apresentaram uma proposta para que pessoas maiores de 60 anos não precisem pagar para andar no transporte coletivo urbano de Campo Mourão. Hoje a gratuidade é garantida somente aos maiores de 65 anos. Assinaram o pedidos Luiz Carlos Kehl, Isidoro Moraes, Celso Hruschka, Geraldinho Sacramento, Edoel Rocha e Sebastião Ribeiro. Viu, para dar esmola com chapéu alheio até situação e oposição se unem...
-
Meu método é o bom senso. Não deu, porrada".
Tenente Jorge Inácio da Silva, comandante do Corpo de Bombeiros de Campo Mourão, ontem à noite, durante sessão especial da Câmara, explicando como faz para conseguir vagas para os acidentados nos hospitais.