Faculdade
Boca Santa teve acesso ao documento que a Faculdade Afirmativo, de Cuiabá-MT, enviou à prefeitura de Campo Mourão. A instituição se diz disposta a iniciar já no ano que vem quatro cursos superiores na cidade. Até 2010, iniciaria mais seis. Ih, se não for igual aos cursos de engenharia mecânica e eletrônica prometidos à Fecilcam...
Cronograma
O cronograma para instalação dos cursos é o seguinte: 2003 – administração hospitalar, biomedicina, enfermagem e fonoaudiologia. 2004 – nutrição e psicologia. 2007 – educação física e fisioterapia. Por fim, 2010 – medicina e odontologia. Isso mesmo: medicina e odontologia. Mas se é tão fácil, assim, por que não implantam esses cursos na sede, em Cuiabá?...
Mourãoense
A Faculdade Afirmativo tem como diretor-presidente um velho conhecido de Campo Mourão. Wilson Luiz Ubialli foi sócio-proprietário do antigo Colégio Afirmativo (hoje Integrado). Há quatro anos ele tem uma faculdade em Cuiabá com nove cursos. Se bem que só dois – administração geral e turismo – são reconhecidos pelo MEC. Ih, essa história a gente já conhece...
Proposta
A idéia da Faculdade Afirmativo é iniciar as aulas em Campo Mourão já no ano que vem. Para isso, seria usada a estrutura do Colégio Santa Cruz (Ubialli já fez isso nos tempos do Colégio Botelho Mourão, precursor do Afirmativo). Depois, seria construído um campus numa área de 6 alqueires ao lado da Santa Casa. Terreno a ser doado pela prefeitura. Hummmmmm....
Hospital-escola
Ubialli quer o campus ao lado da Santa Casa por uma questão óbvia. O complexo hospitalar funcionaria como “hospital-escola”, onde os alunos teriam as aulas práticas. Até porque, dos 10 cursos pretendidos, nove são na área médica. Juntos, eles gerariam 3.280 vagas até 2010. Agora cá entre nós: para quem mantém em Cuiabá cursos “mais simples”, essa esmola não tá demais?...
Perguntinha
Se a Faculdade Afirmativo de Campo Mourão vai se chamar Faficam, como é que eles chamam a Faculdade Afirmativo de Cuiabá?...
Reunião
Por causa do jogo do Brasil, a prefeitura de Campo Mourão só abre hoje às 9h. Em Goioerê, atendimento só às 12h30. Na Câmara mourãoense, porém, nada de folga. Os servidores têm que estar lá às 8h porque às 8h30 tem reunião entre vereadores e prefeitura para debater o novo edital de licitação dos serviços funerários. Ou seja: pode esquecer a cervejinha na hora do jogo...
Monopólio
A prefeitura vai apresentar aos “nobres edis” uma proposta polêmica: reduzir para apenas um o número de funerárias na cidade. Hoje são duas. Há uns oito anos eram três. Tudo porque a prefeitura fez as contas e chegou à conclusão que se liberar para duas empresas, é perigoso ninguém se interessar pela licitação. Ih, pelo visto a rodoviária nova deixou traumas...
Contas
As contas da prefeitura são simples. Morrem, em média, 40 pessoas por mês em Campo Mourão. Cada funerária faz 20 enterros. Daí, divide-se toda a sua despesa por 20 e chega-se ao custo de um funeral. Para o município, com uma funerária só, a despesa será a mesma e a divisão será por 40. Resultado: custo menor por funeral. É, desde que repassem isso para o consumidor...
Despesas
Segundo as funerárias que atuam em Campo Mourão, o custo de um funeral hoje passa dos R$ 900. A prefeitura fez as contas meio por cima e chegou à conclusão de que, um pelo outro, é preciso vender cada funeral por R$ 500 só para empatar o negócio, sem lucro nenhum. Com o monopólio, o custo cairia. E a gente aprendendo na escola que a concorrência é que baixa os preços...
Novas leis
Uma das preocupações da prefeitura é com as novas leis municipais que entraram em vigor nos últimos dias. Uma delas diz que o caixão não poderá ser vendido por mais de 100% acima do valor de fábrica. Mais: vários itens têm que estar incluídos no preço. Outro detalhe: não podem mais duas funerárias dividirem o mesmo prédio. Ah, agora que iria ficar divertido o negócio...
Interpretação
Tem vereador que vai se morder de raiva, mas a prefeitura já achou uma interpretação que pode salvar as funerárias. O caixão teria um preço (no máximo 100% do valor de fábrica), mas os demais serviços teriam um preço separado. Seriam dois preços para cada tipo de funeral: um pelo caixão e outro pelos “serviços”. Hummmmm! Ué, o município paga advogados pra quê...
Prorrogado
Em tempo: após várias prorrogações, os contratos das duas funerárias de Campo Mourão valem até 30 de junho. Mas devem ser prorrogados, uma vez que só por milagre para a nova licitação estar concluída até lá. Além disso, vale ressaltar que como o sistema hoje é de rodízio entre as duas empresas, reduzir para uma não muda nada para o consumidor. Não gostou? É só não morrer...
Esconderijo
Se você fosse o “maníaco de Iretama”, onde se esconderia para nunca mais ser achado pela polícia? Enquete encerrada sábado deu vitória ao plenário da Câmara, “onde o povo não vai”, com 38% dos votos. A Santa Casa, “que não termina nunca”, ficou em segundo (34%) e o canteiro de obras da Boiadeira em terceiro (15%). Viu, a polícia poderia começar por aí...
Desvios
Esta semana, Boca Santa quer saber o seguinte: “Se tivesse ocorrido mesmo desvio de recursos na Santa Casa, para onde você acha que deveria ir o dinheiro desviado?”. Ontem, no primeiro dia de votação, “Desviar o quê se aquilo vive na pendura” saiu na frente (50%), seguido de montar um time de futebol profissional (20%) e um novo cinema (12%). Vote. Mas nem adianta ir se iludindo. É só brincadeirinha...