• Eleição e futebol
    Eleição é igual futebol. Quem ganha não está nem aí se foi com gol de mão aos 46 do segundo tempo, mas quem perde fica procurando os erros. Às vezes até esquece de reconhecer as virtudes do adversário. No caso da eleição de Campo Mourão, a diferença de votos foi tão pequena, que qualquer deslize já justifica o resultado. E cá pra nós: perder por menos de 0,5%, dói que “deuzolivre”!...  

    SETE LIÇÕES DAS ELEIÇÕES

    Não se desprezam lideranças comunitárias
    Imagine que Rivaldo dos Santos (Modelo), soldado Roque (Parigot de Souza) e Toninho Barbosa (Alvorada), que já foram “do outro lado”, estivessem pedindo votos para o 23 ao invés do 45, quem teria vencido a eleição?

    Não se menospreza o adversário
    Nas eleições para deputado, Nelson Tureck fez 7 mil votos em 94, 10 mil em 98 e 17 mil em 2002. Só o Ibope acreditava que ele faria para prefeito menos votos do que havia feito dois anos antes para deputado.

    No poder, não deixe seu grupo diminuir
    Veja quem era o grupo que venceu a eleição em 1992 e quem ainda estava nele em 2004.

    No poder, não deixe seu grupo se fechar
    O PPS se fechou tanto, que ninguém quis indicar o vice do partido. A “chapa pura”, sinal de força nas eleições anteriores, desta vez saiu por pura falta de opções.

    Não se briga com líderes religiosos
    Os fiéis podem até ter suas restrições a seus líderes, mas não gostam que falem mal deles.

    Não se menospreza comunidades com poucos votos
    Dos 281 votos da diferença entre Tureck e Douglas, 100 foram tirados somente no distrito de Piquirivaí.

    Não se deve acreditar em pesquisas
    Se o Ibope estivesse certo, Douglas teria feito mais votos que os outros três candidatos juntos, mas a realidade foi bem diferente.
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