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ACENDENDO UMA VELA AQUI E OUTRA ALI
Talvez porque muita gente deixou para ir no cemitério hoje, que com certeza estará mais tranquilo do que ontem. Talvez porque o número de visitantes na sexta-feira já foi grande. Talvez. Uma coisa, porém, é certa: o número de pessoas que esteve ontem no Cemitério Municipal São Judas Tadeu ficou abaixo do esperado. Foi, nitidamente, menos visitantes que nos anos anteriores. O número chamou a atenção até da administradora do cemitério, Sônia Silvestrin. Sendo assim, deu até para os mais idosos e as crianças acenderem uma velinha no cruzeiro sem maiores problemas. Bem diferente de alguns anos atrás, quando até o Corpo de Bombeiros teve que ser chamado para dar uma controlada no fogaréu que se formou ao pé do cruzeiro...
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A prefeitura liberou o comércio ambulante e de barraquinhas em frente ao Cemitério São Judas Tadeu, mas quem invadiu mesmo as ruas em frente ao “campo santo” foi a criançada. Dezenas de meninos e meninas, com cerca de 10 anos de idade (alguns menos) passaram o dia todo “trabalhando” como flanelinhas. Não havia adultos e idosos fazendo o trabalho. Eram só crianças. Uma atrás da outra. Sem exagero, era quase uma criança para cada vaga. Ficou nítido que tinha adulto por trás, organizando a meninada. Fiscais da prefeitura avisaram o Conselho Tutelar, que não deu as caras no local. Também, trabalhar em frente ao cemitério, ui!...
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Olha aí o futuro do Cemitério São Judas Tadeu. As gavetas que vêm sendo construídas junto ao muro (foto) é que estão garantindo as vagas no velho “campo santo”.Quem não paga o terreno tem os ossos transferidos para essas gavetinhas aí, abrindo vagas para mais um “companheiro”. Existem 108 gavetas esperando os ossinhos. Mas ainda é possível construir milhares delas. Viu, pensa que é só tucano que fica em cima do muro?...
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O vereador Celso Hruschka estava ontem de manhã no cemitério. Segundo ele, o Dia de Finados era mais agitado quando as eleições eram realizadas em 15 de novembro. É que candidatos e cabos eleitores invadiam o “campo santo” a cada de votos. Em Campo Mourão, além do Finados, os candidatos perderam também a Expocampo, que agora é sempre depois das eleições. Ah, pra ajudar não aparece ninguém...
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A cada Dia de Finados se observa um triste fenômeno no cemitério de Campo Mourão. Famílias tradicionais estão desmanchando túmulos antigos, construídos nos anos 50 e 60 para substituí-los por jazigos mais modernos. O problema é que parte da história da cidade cai junto com essa destruição. Cemitério também é patrimônio. Ih, mas se não querem preservar nem a praça pública, imagine os túmulos...
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O comércio de ambulantes na rua Ney Braga se manteve sob controle durante todo o Dia de Finados. Havia muita expectativa porque, diferente dos últimos anos, a prefeitura liberou os camelôs por ali. Eles só não podiam ficam em frente ao portão. Não houve briga nem tumulto, coisa que ocorreu nos anos em que se pagavam taxas à prefeitura. Ah, mas nem um jogando vela na cara do outro ou sendo atingido por uma “florzada”?...
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A Credicoamo assinou sexta-feira um convênio com o BRDE que vai permitir aos seus cooperados financiamentos com recursos do BNDES. Olha aí o presidente Aroldo Gallassini (foto) falando do assunto. Agora, adivinhem quem foi o primeiro a assinar um financiamento desses? O vice-prefeito Getulinho Ferrari. Ele vai comprar maquinários agrícolas. Ih, mas será que dá para pagar com o salário de duzentão do vice?...
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Getulinho avisou que vai pedir ao prefeito Tauillo Tezelli que lhe dê uma licença por alguns dias. É que chegou a época do plantio e o vice-prefeito anda feito louco entre a prefeitura, onde é o coordenador geral, e as suas propriedades rurais. Ele quer ficar um pouco livre da prefeitura para terminar o plantio. Esse é um caso raro: planta soja na fazenda e colhe pepino na prefeitura...
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A esta altura do campeonato, o ex-prefeito Augustinho Vecchi não parece preocupado com mando político. Ele se contenta se conseguirem alguma coisa para ele. E como o deputado Caíto Quintana, apoiado por Vecchi, deve ser o novo chefe da Casa Civil, isso fica fácil de resolver. Tá certo que Quintana fez só 200 votinho por aqui, mas sem comitê, sem equipe na rua, haja compadre, hein?...
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Se o asfalto da Boiadeira não sair durante o governo Lula, pode esquecer de vez essa estrada. O presidente nacional do PT, José Dirceu, que deve ter um cargo chave no governo, ficou escondido em Cruzeiro do Oeste durante a ditadura militar. Até filho ele tem por ali. Portanto, Dirceu conhece a importância da estrada. Além do mais, a gente não vai dizer que o asfalto só sair por causa do filho dele, vai?...
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Aos poucos as coisas começam a vir a público. Outro dia desses, o vereador Isidoro Moraes (foto) falou publicamente que votou para Izael para a presidência da Câmara com a chamada cédula marcada. Izael estava junto e confirmou a história. E olha que Isidoro era o principal adversário de Izael naquela disputa. Votou no inimigo e ainda marcou o voto para provar. Ih, mais fácil entender a teoria da relatividade...
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Pesquisa - O secretário Cristiano Calixto (Fiscalização) mandou fazer uma pesquisa ontem à tarde pra ver o que o público achou da liberação dos ambulantes em frente ao cemitério. Ué, o Ibope faz a boca de urna e ele faz a “boca do túmulo”…
No quase - Quem foi ao cemitério de Campo Mourão ontem viu que a capela mortuária, prevista para julho passado, ainda não está pronta. Segundo a prefeitura, 98% da obra está concluída. Agora, cá entre nós: eta 2 por centinho difícil esse, hein?...
Xará - Entre os 12 jardineiros habilitados para podas da arborização pública, um nome chama atenção: José Aparecido da Cruz. É o mesmo nome do promotor dos casos Lago Azul e Paolicchi. Ah, vá ver vai podar árvores só pra “desestressar”…
CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam 58 dias para acabarem os governos Jaime Lerner e FHC.
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“A coisa não está fácil. Temos que aproveitar toda data especial que aparece”.
Orlei Domingues, comerciante, explicando porque deixou a sua mercearia em Araruna para vir vender flores e velas na porta do cemitério de Campo Mourão durante o Dia de Finados.