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A GALERIA DOS EX-PREFEITOS E A “UTI”
A nova galeria dos ex-prefeitos que foi levada para a prefeitura chama a atenção por alguns detalhes. Um deles é que, por casa, das portas no corredor, alguns quadros ficaram separados dos outros. E um desses blocos ficou a seqüência dos últimos dos últimos cinco prefeitos – Renato Fernandes Silva, Augustinho Vecchi, José Pochapski, Rubens Bueno e Tauillo Tezelli. As más línguas não perdoaram. Disseram que essa aí é a “ala da UTI”, numa referência àquela informação de que Campo Mourão “entrou em coma” nos últimos 34 anos. Faltou só Horácio Amaral (69/72), cujo quadro ficou do outro lado da porta. Amaral é o único já falecido entre eles. Morreu num acidente em 1974. Mas nada a ver com UTI, hein?...
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A história recente de Campo Mourão mostra que eleição para a presidência da Câmara só começa a ser decidida na véspera e tem os últimos detalhes fechados na hora. Desta vez, no entanto, parece muito difícil que o cargo não fique com o peemedebista Eraldo Teodoro de Oliveira. A previsão é tão unânime que na reunião com os vereadores eleitos, sexta-feira, o roteiro da solenidade de posse já foi discutido como se estivesse definida a eleição. Eraldo já foi até instruído pelos colegas de como deve conduzir a sessão para empossar o prefeito eleito Nelson Tureck. Tanto favoritismo se explica. Primeiro, que não há outros adversários. Segundo que, só com os dois votos do PSDB, os dois do PSL e o dele, que são cinco votos “certíssimos”, Eraldo já se garante na presidência. Mesmo que os outros cinco fechem em torno de um nome, seja ele quem for, perderia para o peemedebista por idade. Não que Eraldo seja velho. Digamos que tem apenas “mais experiência”...
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Dos 10 vereadores eleitos, oito já declararam abertamente que votam em Eraldo Teodoro (foto) para presidente. Mas não será nenhuma surpresa se ele for eleito por unanimidade. A presidência já esteve nas mãos de Isidoro Moraes, mas ele ficou sem chances depois que passou a atacar Tureck e perdeu o apoio da bancada tureckista. Ah, ele jura que não queria mesmo...
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A Câmara deve votar na semana que vem, nas últimas sessões extraordinárias da legislatura, um projeto de resolução que devolve o “poder” ao presidente do legislativo. Hoje o presidente é meio “fantochão” e não tem autonomia nem para nomear cargos. Isso é decisão da mesa diretora, composta por cinco “nobres edis”. Mas há um consolo: a verba de representação ainda não tiraram do Juvenal...
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A retirada do poder do presidente foi um equívoco dos vereadores atuais. E uma injustiça, uma vez que é o presidente – e só ele – quem responde judicialmente pela Câmara. Por exemplo: se o presidente quer pôr Beltrano como diretor geral, mas a mesa aprova o nome de Fulano, é Fulano quem assume. Só que caso Fulano seja ladrão, é o presidente que vai responder isso. É a tal da política Caracu. Um entra com a cara...
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Enquanto a discussão do orçamento (foto) ficou centrada nos 5% ou 15% para o prefeito remanejar sem autorização da Câmara, quase ninguém percebeu que foram aprovadas mais de 50 emendas do vereador Isidoro Moraes. E a maioria delas tira dinheiro da Coordenação Geral. Olha aí, foi o presentinho de Natal do Isidoro para o futuro coordenador, Tino Staniszewski. Rô! Rô! Rô!...
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Na quinta-feira, quando Tureck foi conversar com alguns vereadores para tentar reverter essa história de 5%, teve adversário que até filmou a chegada do prefeito eleito na casa de Walter Zamoro (PPS). Pode? Mas se forem filmar isso sempre, vão gastar muito filme. Como ex-vereador e três vezes deputado, Tureck sabe muito bem como agradar um legislador. Portanto, podem encomendar mais fitas do Paraguai...
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Apesar de ter tentado reverter a votação na Câmara, o que não deu, Nelson Tureck disse ontem que não tem problema, não. Segundo ele, vai governar do mesmo jeito podendo remanejar apenas 5% do orçamento. E disse que vai ficar ainda mais feio para os adversários com ele fazendo uma gestão melhor que Tauillo Tezelli, que tinha 15%, e Rubens Bueno, com 30%. Poderoooooso!!!...
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Em entrevista publicada ontem na “Tribuna do Interior”, o prefeito Tauillo Tezelli (foto) voltou a repetir que não pretende disputar mais eleição. Nenhuma! O jornal ainda foi perguntou em seguida se ele poderia ser candidato a deputado federal em 2006. Resposta: “Nenhuma possibilidade!”. E o que tem de tucano que já guardou, bem guardadinha, essa entrevista...
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A entrevista, porém, tem uma “contradiçãozinha” no que diz respeito ao futuro político do prefeito. Se no começo Tauillo descarta qualquer possibilidade de disputar novas eleições, no final, quando perguntado se permanecerá no PPS, respondeu: “Se eu continuar na política, sim”. Ta certo que “continuar na política” não significa, necessariamente, disputar eleições, mas dá brechas pra mudar de idéia depois...
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Tauillo Tezelli revelou que gostaria de ter atendido mais crianças com o ensino integral e ter viabilizado o centro de eventos. Decepções durante os dois mandatos, só com a “posição de algumas pessoas da cidade”. Arrependimentos? Pelo jeito, nenhum. O prefeito frisou que tudo foi discutido e analisado com a comunidade. E completou: “Se erramos, erramos juntos”. Ih, olha aí, a culpa é do povo, então...
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CONFIRA A GANHADORA DE QUINTA-FEIRA
Marlene Castaldo
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Salários - Que feliz Natal, que nada! Em Barbosa Ferraz e em Campina da Lagoa os servidores estão apreensivos com a falta de pagamento e já houve greve e protestos em frente às prefeituras. Ah, em dezembro o serviço público é uma paradeira mesmo...
Explicação - A prefeita Elza Gonçalves (Barbosa Ferraz) diz que a arrecadação caiu, as despesas aumentaram e faltou pros funcionários. Resultado: nem varrição de ruas e coleta de lixo estão acontecendo mais. Também, esse povo, é só não receber que não trabalha...
Véspera - Esse negócio de quem perdeu a eleição já estar fazendo oposição antes mesmo do novo prefeito assumir, ganhou uma explicação “científica”. É influência do “espírito natalino”, uma vez que o peru, todos sabem, vai pro sacrifício na véspera...
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“Estão levando no grito! Estão levando no grito!”.
Sebastião Ribeiro (PT), vereador, também gritando muito alto, durante uma discussão sem fim que não deixou ninguém ouvir o encaminhando da votação do orçamento de Campo Mourão; anteontem à noite, durante sessão da Câmara.