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    Anexação à UEM
    “Sou acadêmico da Fecilcam e fiquei muito chateado ao ler a matéria neste Site que traz a informação de que Fecilcam será anexada à UEM. Refiro-me ao crescimento econômico e cultural que uma verdadeira universidade pode proporcionar-nos. Julgo um insulto, nas entrelinhas, perguntarem o que nós acadêmicos queremos "um diploma da UEM ou um diploma de uma universidade desconhecida". Creio que pensar assim é medíocre demais de nossa parte. A partir do momento que cada pessoa dentre a população em geral aprender a pensar não só em si mesma, mas no crescimento de todos, acredito que nosso mundo pode melhorar. É justamente neste clima, creio eu, que todos os acadêmicos estão unidos numa luta para conquistar algo que vem melhorar a vida de todos em nossa comunidade, sejam esses privilegiados nós mesmos ou nossos filhos, quem sabe! Diante disto tudo, posso afirmar que nao queremos somente um diploma, mas sim assegurar que nossos filhos também terão direito a uma educação de qualidade”.

    Auto-suficientes
    “Sobre a incorporação da Fecilcam à UEM, gostaria de dizer o seguinte: a partir de agora não tomarei mais Coca-Cola, afinal ela é engarrafada em Maringá; não torcerei mais pelo Palmeiras, afinal ele é de São Paulo; irei fazer um manifesto para que todas as empresas de outras cidades que estão com filiais aqui em Campo Mourão para que sumam daqui, afinal somos auto-suficientes. Já pensaram se todos agissem assim? É muito engraçado notar o pensamento de alguns estudantes, enquanto a maioria das cidades suplicam para que venham instituições de renome ou empresas de grande porte para o seu território, em Campo Mourão agimos às avessas. Gostaria ainda de dizer que se a Fecilcam virar universidade deveremos fazer um movimento e tirar todos os professores que se formaram na UEM, ou que fizeram mestrado/doutorado lá...hum! espera aí, acho que não é uma boa idéia, quem sobraria para dar aula?”

    Quem registra?
    “Atenção estudantes de Campo Mourão! Sabem quem registra os diplomas da Fecilcam?
    a) O Rubens Sartori
    b) O bispo Dom Mauro
    c) O Nélson Tureck
    d) A UEL
    Acertou quem colocou UEL. Pois é, “morte à UEL”.

    Herança (1)
    “Não concordo com seu comentário sobre a pergunta que deveria ser feita aos alunos sobre que diploma eles querem (UEM, Fecilcam, etc.). Isto é uma visão muito individualista. Para nós, professsores e funcionários da Fecilcam, em termos de salários, qualquer universidade serve, pois teremos enquadramentos (para melhor). Mas não é essa a preocupação da marioria dos professores e funcionários. Muitos de nós estamos mais preocupados em que tipo de herança vamos deixar para a sociedade local. Acho que a pergunta deveria ser: "Qual é a herança que será deixada para as futuras gerações da nossa comunidade?" (para nós e nossos filhos)".

    Herança (2)
    “Fica uma imensa tristeza de saber que por mais que uns poucos de nós lutemos, por falta de vários fatores regionais (representatividade, capacidade de mobilização, etc.) estamos entregando uma obra (não apenas física) para gestão sabe-lá-o-quê. Você conhece a história de como a Fecilcam vem sendo construída nos últimos anos. Vários funcionários e professores que têm se sacrificado viajando para fora para atender um projeto regional e não apenas pessoal. Projetos nossos de cursos, pós-graduação extensões visando para captar recursos para melhoria das condições pedagógicas. As obras físicas que conseguimos com recursos gerados pela nossa criativida e capacidade de negociação com governo federal e municipal. Provavelmente dentre as 11 faculdades isoladas, pela nossa criatividade, estamos em melhores condições.”

    Herança (3)
    “Só para completar. Quando digo gestão "sei-lá-o-quê",  me refiro que por força legal, a UEM não poderá atender nossos anseios por estão limitados pelo seu estatuto. Dificilmente o fovernador comprará briga com UEM e UEL determinando alteração nos seus estatutos para acomodar as novas unidades. Mesmo que isso aconteça, quando for decidir os rumos de qual linha pedagógica, por exemplo, será cursos em área de medicina, mecânica, etc. Provavelmente pela representação do Conselho Universitário, será discutido Maringá. Lembra na época do regime militar em que se decidia o que era bom para os brasileiros?”

    Autonomia
    “Que autonomia nós tinhamos? Nós nunca tivemos autonomia, nem mesmo para a contratação de professores colaboradores. Nós não nunca tivemos autonomia.  A única esperança de autonomia é com a anexação como campus avançado, quem sabe assim possamos pelo menos contratar um vigia para a Faculdade”.

    Autonomia (2)
    “Acho que deveriamos refletir melhor antes de falarmos em autonomia. Que autonomia é essa que impede a contratação de professores e funcionários para a Faculdade? Que autonomia é essa que temos de pedir "bença" ao Conselho Estadual de Educação por alguma vírgula auterada no programa de ensino? Isso não é autonomia. Autonomia virá junto com uma universidade forte e reconhecida nacionalmente”.

    Estrutura universitária
    “Finalmente seremos uma universidade, finalmente teremos aqui uma estrutura universitária decente, finalmente o bairrismo foi sucumbido pela coerência. Que venha a
    Universidade Estadual para cá. Que faça uma revolução nessa faculdde, que traga seus cursos, sua estrutura funcional,que faça uma auditoria nas contas da faculdade”.

    Mais concorrência
    “Que me desculpe a direção da Fecilcam, mas não posso concordar com uma de suas justificativas, ou preocupação, pela não transformação da faculdade em campus da UEM. Por várias vezes tem-se colocado que os sonhos dos estudantes da região, em cursar uma faculdade, agora fica mais difícil, pois aumentará a concorrência, etc, etc., mas  uma instituição de ensino superior deveria preocupar-se mais, e ver que quem ganha, é o nível de aprendizado do universitários, com essa concorrência, pois quem sabe assim, a Fecilcam deixa de tirar a conceito “E” na classificação do MEC em seu curso de economia”.    

    Mobilização
    “Em primeiro lugar, queria parabenizar o pessoal do DCE  e os acadêmicos da Fecilcam, porque faz quatro anos que estudo nesta faculdade e nunca tinha visto uma mobilização como a assembléia ocorrida na noite de 5 de agosto. Em segundo lugar, gostaria de manifestar o meu descontentamento com parte dos professores e acadêmicos da mesma instituição, que não conseguem ver que com a anexação à UEM quem sai perdendo é a população da região, aquelas pessoas que estudam em escola pública (e de má qualidade) a vida toda, e não conseguirão passar em um vestibular padrão UEM.  Em terceiro lugar , podem me chamar de sonhador, mas eu quero uma universidade pública, gratuita e de qualidade. E Campo Mourão merece isso. Somente com a participação de toda a população da região, conseguiremos sensibilizar os detentores do poder a favor da nossa causa”.

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    Ainda faltam 424 dias para as eleições municipais de  2004.
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