-
CENAS DO ÚLTIMO DEBATE DOS PREFEITÁVEIS
Uma das novidades no debate da TV Carajás, sexta-feira, foi que, pelo sorteio, mudou a ordem dos candidatos nas bancadas. Desta vez foi Osni Menezes quem ficou ao lado de Nelson Tureck, deixando Valdete Rodrigues lado a lado com Douglas Fabrício. Aliás, Tureck e Douglas ficaram na mesma tribuna do debate anterior, assim como seus candidatos a vice, Moacir Porciúncula e José Pochapski, também já tinham ficado no debate dos vices. Em tempo: qualquer semelhança entre o texto dos balões acima e o discurso dos candidatos, é mera coincidência...
-
A campanha eleitoral inicia hoje sua última semana e os candidatos vão para o tudo ou nada. Os programas do horário gratuito só vão até quinta-feira. Para prefeito, hoje vai ao ar o penúltimo programa. O último será na quarta-feira. A despedida, na quinta, será com os candidatos a vereador. Amanhã é o último dia para que partidos e coligações indiquem aos juízes eleitorais os representantes para o Comitê Interpartidário de Fiscalização. A quinta-feira é o último dia para a realização de debates e de comícios. Mas a propaganda de rua – carros de som, distribuição de santinhos e carreatas – pode seguir até sábado, véspera da eleição. E de amanhã até 48 horas após o pleito, nenhum eleitor pode ser preso a não ser em flagrante delito. Ih, melhor não espalhar essa...
-
Não foi à toa que o prefeito licenciado Tauillo Tezelli esteve sábado de manhã na rádio Colméia respondendo as principais críticas recebidas pela prefeitura no debate de sexta-feira, na TV Carajás. Se teve alguém que saiu em desvantagem no encontro foi a prefeitura. A história das dívidas com a Previscam e com a Sanepar não pegaram bem. Ih, curta uma licencinha desse jeito, curta!...
-
No programa de Ely Rodrigues (Colméia), Tauillo negou essas dívidas. Sobre o R$ 1,3 milhão devidos de água e esgoto, afirmou que isso é uma espécie de compensação, uma vez que a Sanepar não paga nenhum tipo de imposto, inclusive o ISS, obrigatório por lei municipal desde 1999. Ih, já pensou se a moda pega e o povo resolve “compensar” no IPTU o déficit de casas populares, de vagas nas creches, de remédios...
-
No caso da Previscam, Tauillo disse que sempre pagou tudo em dia e desconhece que haja dívidas. Que ele pagou em dia é verdade, mas o furo existe. De 90 a 92 (Augustinho Vecchi), a Previscam não recebeu quase nada. De 93 a 96 (Rubens Bueno), faltou a parte patronal. E em 96, quando Tauillo era vice, a prefeitura extinguiu o fundo da Previscam, com aprovação da Câmara e tudo. Ih, tem coisas que é melhor esquecer mesmo...
-
A Previscam é um dos maiores pepinos que o próximo prefeito terá para resolver. Ou empurrar com a barriga. E o problema não vem de hoje, não. Já na campanha de 92, Bueno acusou Vecchi (foto)de apropriação indébita por descontar dos servidores e não recolher a previdência. De lá pra cá surgiram outras polêmicas. A principal delas é essa dívida que a prefeitura contesta. Ah, é “só” 25% do orçamento...
-
O Sindicato dos Servidores Municipais também reclama o não cumprimento da atualização do cálculo atuarial e de uma lei que obriga a prefeitura a repassar parte do dinheiro arrecadado com a venda de imóveis para abater a dívida com a Previscam. E usa o artigo 85 da lei municipal 1.419/2001 como prova de que dívida com a previdência municipal existe. Olha aí, são essas leis que complicam tudo...
O QUE DIZ A LEI 1.419/2001
Art. 85. A contribuição a cargo dos Poderes Executivo e Legislativo, Fundações e Autarquias do Município de Campo Mourão, destinada à PREVISCAM, é de quatorze por cento sobre o salário de contribuição dos servidores ativos.
§ 1º Os órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações deverão ajustar os seus planos de benefícios e custeio sempre que excederem no exercício os limites previstos no “caput” deste artigo a fim de retornarem a esses limites no exercício financeiro subseqüente.
§ 2º O Município compromete-se em saldar suas pendências providenciárias junto à PREVISCAM em até 240 (duzentos e quarenta) meses.
§ 3º A diferença entre 11% (onze por cento) e 14% (quatorze por cento) de contribuição dos servidores ativos e do Município, respectivamente, será contabilizada na amortização da dívida do Município com a PREVISCAM.
§ 4º O Município fica obrigado a apresentar no prazo de seis meses, proposta de quitação da dívida, podendo incluir nesta a cessão de patrimônio público à PREVISCAM.
-
Em todo caso, tirando essas polêmicas da Previscam e da Sanepar, o debate foi tranqüilo. Tão tranqüilo que o próprio mediador, Rubens Sartori, chegou a chamar a atenção, por duas vezes, que o encontro deveria “esquentar” no bloco seguinte. Na verdade todo mundo estava ansioso por um debate com mais alfinetadas e trocas de acusações, uma vez que era o último desta campanha. Ah, fica para 2008...
-
A única pesquisa divulgada em Campo Mourão, até agora, foi aquela do Ibope, no dia 31 de agosto (reprodução). Mas esta semana, se não houver nenhuma liminar, quatro delas deverão ser divulgadas. A do Instituto Brasil pode ser divulgada hoje, a do Ibope amanhã e a da Alpha na quarta-feira. Também há um pedido da Boca Maldita. Ah, sai uma pesquisa boa também no domingo, lá pelas 20 horas...
AS PESQUISAS REGISTRADAS
Instituto Brasil de Pesquisas Ltda (Umuarama) – Encomendada pelo PSDB
Ibope (Rio de Janeiro) – Encomendada pela RPC/Globo
Alpha Pesquisas (Mandaguari) – Encomendada pelo PMDB
Boca Maldita
-
A prefeitura de Campo Mourão disponibilizou em seu
site oficial o valor adicionado de cada empresa do município. Difícil para quem é leigo é entender o que é esse tal de “valor adicionado”, mas é “quase” como se fosse o lucro da empresa no ano. Agora está tudo na internet. Os dados são de 2003. Mas nada de olho gordo, hein?...
-
O Banco Social de Campo Mourão liberou nos últimos dois meses R$ 100,4 mil em financiamentos para microempreendedores locais. Nesse período, foram atendidos 25 interessados, sendo que 56,25% são mulheres. O Banco Social voltou a liberar empréstimos em fevereiro, depois de seis meses de operações suspensas devido a mais de R$ 60 mil de inadimplência. E olha que nesse não tem greve...
-
Essa saiu ontem na “Gazeta do Povo”. Matéria de Dilmércio Daleffe mostra o agricultor Aristides Alves de Mello (foto), que mantém um enxame de abelha dentro do quarto, num sítio em Peabiru. Ele foi picado várias vezes, mas não reclama. Pudera. As abelhas já lhe renderam 20 quilos de mel e certa vez espantaram ladrões sem que nada fosse roubado. Que “rotváiler”, que nada!...
-
Provocação - Sentado atrás de José Pochapski durante o debate, o ex-prefeito Augustinho Vecchi provocou enquanto Douglas Fabrício falava de saúde. Disse que, pela resposta do prefeitável, Pochapski é que terá que cuidar do setor. Ah, deixa o Valdete saber...
Reencontro - Ao final do debate, Pochapski conversou longamente com Wilson Santana, assessor de Nelson Tureck na Assembléia. Os dois mataram a saudade. Santana foi chefe de gabinete na gestão de Pochapski (83/88). Só não deu pra pedir voto, deu?...
Adversários - No intervalo, Pochapski trocou abraços com o adversário Moacir Porciúncula (este era vereador quando o primeiro foi prefeito). E pelos sorrisos de um para o outro, ninguém deve ter falado em carta pedindo menos atendimento na saúde...
-
Contas - Em Curitiba, Rubens Bueno publica em seu site as contas da campanha. Até ontem, o comitê tinha recebido R$ 306,1 mil (a maior doação foi de R$ 100 mil) e gasto R$ 300,4 mil. Havia R$ 5,6 mil em caixa. Ih, será que dá até o fim da semana?...
Acordo - Teve gente do PPS que reclamou na saída do debate de sexta-feira. Motivo: havia cabos-eleitorais de Nelson Tureck fazendo festa em frente à Fecilcam. Segundo o PPS, o combinado era para que ninguém levasse torcida. Ah, vá ver só tavam passando...
Violência - O 11o BPM não quer polemizar o assunto, mas acha que a cidade não está tão violenta como mostram na campanha. Segundo a PM, a criminalidade em Campo Mourão é menor em relação a cidades do mesmo porte. Hummmm...
-
“Nossa campanha é paupérrima, mas com a riqueza daqueles que querem mudar Campo Mourão”.
Valdete Rodrigues de Almeida (PMDB), candidato a prefeito de Campo Mourão; sexta-feira, durante debate promovido pela TV Carajás.