Pelo menos uma coisa é certo que não vai mudar muito na próxima Câmara em relação a atual: o emprego de parentes de vereadores nas assessorias de bancada. Dos 10 eleitos, três deles já admitem que vai contratar familiares para a função. O índice de 30% é igual à legislatura atual, onde dos 16 assessores, cinco são parentes de vereadores. Entre os assessores, hoje, existem duas filhas, duas noras e uma esposa de vereador entre os assessores. Na Câmara que assume sábado, César Stanizola já anunciou a nomeação da mulher, enquanto Ademir Pezão confirmou a filha na assessoria. Salvador Martins deverá manter a nora, que já trabalha com ele no atual mandato. Todos são da bancada de apoio ao prefeito eleito Nelson Tureck. Ambiente familiar, uai!...  

Sem as sessões extras, deixarão de ser votados oito projetos de lei. Entre eles está a proposta de padronização e publicação do brasão municipal, que gerou certa polêmica nos últimos dias. Também foram prejudicados os projetos de Sebastião Ribeiro que proíbe o uso de transgênicos na merenda escolar e o da prefeitura que cria o Centro de Excelência em Ginástica na Escola Urupês, entre outros. Ah, fica pra próxima...  

Saiu a publicação da primeira “exoneração” de secretário municipal. É de Ricardina Dias, do Planejamento. Como ela é servidora de carreira, não é bem uma demissão e sim uma revogação da nomeação.  Mas Ricardina já ganhou licença-prêmio de quatro meses. O mesmo ocorreu com a diretora geral do Planejamento, Eumara Saavedra. Em resumo: planejar pra elas, agora, só as longas férias...  

O velho Mercadão foi uma das promessas de Horácio Amaral na campanha de 1968. Os trabalhos foram iniciados em 1969 e chegaram a receber a visita do então governador Paulo Pimentel. Em 1970, a obra ainda inacabada abrigou uma feira agroindustrial pelos 23 anos da cidade. A inauguração ocorreu em 19 de dezembro de 1971. Na época, o Mercadão custou o equivalente a R$ 1,6 milhão. E nem tinha Paraná Urbano, hein?...

Fonte: “Horácio Amaral – Exemplo e Desafio” (Jair Elias dos Santos Jr.)

“Dos 10 vereadores eleitos, quem você acha que vai dar mais dor de cabeça ao futuro prefeito?” Enquete encerrada no domingo deu vitória ao petebista Luiz Alfredo, com 27% dos votos. Isidoro Moraes ficou em segundo (21%), seguido de Sidnei Jardim (16%). A surpresa foi o quarto lugar de Marla Tureck, com 8%. Já Salvador Martins e César Stanziola não saíram do 0%. Hummmm, mas nem uma enxaquecazinha?...

VEJA COMO TERMINOU
1- Luiz Alfredo (PTB) - 27%
2- Isidoro Moraes (PP) - 21%
3- Sidnei Jardim (PPS) - 16%
Ah, tomou Doril, sumiu! - 16%
5- Marla Tureck (PSDB) - 8%
6- Eraldo Teodoro (PMDB) - 3%
7- Edson Lima (PPS) - 2%
8- Ademir Pezão (PSL) - 1%
Carlão Koch (PPS) - 1%
10- Salvador Martins (PSL) - 0%
César Stanziola (PSDB) - 0%

O presidente do PPS, Francisco Pequito, disse ontem ao “Jornal da Rural”, que “20 pequenos erros” provocaram a derrota de outubro. Pode ser. Mas pelo discurso que o presidente estadual, Rubens Bueno, fez semana passada na cidade, dizendo que “com certeza” o PPS ganhará a prefeitura em 2008, resume bem o que andou faltando, além de votos, ao partido: um pouco de humildade não faz mal a ninguém...

Eleição é igual futebol. Quem ganha não está nem aí se foi com gol de mão aos 46 do segundo tempo, mas quem perde fica procurando os erros. Às vezes até esquece de reconhecer as virtudes do adversário. No caso da eleição de Campo Mourão, a diferença de votos foi tão pequena, que qualquer deslize já justifica o resultado. E cá pra nós: perder por menos de 0,5%, dói que “deuzolivre”!...  

SETE LIÇÕES DAS ELEIÇÕES

Não se desprezam lideranças comunitárias
Imagine que Rivaldo dos Santos (Modelo), soldado Roque (Parigot de Souza) e Toninho Barbosa (Alvorada), que já foram “do outro lado”, estivessem pedindo votos para o 23 ao invés do 45, quem teria vencido a eleição?

Não se menospreza o adversário
Nas eleições para deputado, Nelson Tureck fez 7 mil votos em 94, 10 mil em 98 e 17 mil em 2002. Só o Ibope acreditava que ele faria para prefeito menos votos do que havia feito dois anos antes para deputado.

No poder, não deixe seu grupo diminuir
Veja quem era o grupo que venceu a eleição em 1992 e quem ainda estava nele em 2004.

No poder, não deixe seu grupo se fechar
O PPS se fechou tanto, que ninguém quis indicar o vice do partido. A “chapa pura”, sinal de força nas eleições anteriores, desta vez saiu por pura falta de opções.

Não se briga com líderes religiosos
Os fiéis podem até ter suas restrições a seus líderes, mas não gostam que falem mal deles.

Não se menospreza comunidades com poucos votos
Dos 281 votos da diferença entre Tureck e Douglas, 100 foram tirados somente no distrito de Piquirivaí.

Não se deve acreditar em pesquisas
Se o Ibope estivesse certo, Douglas teria feito mais votos que os outros três candidatos juntos, mas a realidade foi bem diferente.

NEM TUDO É O QUE PARECE – 5a PARTE
Foi inaugurada no final de semana a nova cobertura da cancha esportiva da comunidade rural de Alto Alegre. É a segunda construída no local. A primeira, edificada em 2000, foi destruída por um vendaval que atingiu o patrimônio em 25 de outubro de 2002. Esta foi a 14a cobertura de quadra esportiva feita pela prefeitura em escolas municipais, fora outras sete em escolas estaduais em que a administração municipal foi parceira. Agora, pelo jeito que o secretário Beto Pequito (Fazenda) e o vereador eleito Luiz Alfredo olham para o teto, parece que o vendaval de 2002 deixou todo mundo meio desconfiado. Pudera. Se um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, de temporal ninguém nunca falou nada...




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CONFIRA O GANHADOR DE ONTEM
Rodrigo Fernando Biazon

Pelados - Já que a CPI diz que o Imepe não pode, os alunos da Fecilcam poderiam se inspirar nos colegas da universidade de Bamberg, na Alemanha. Para angariar recursos à instituição, eles posaram nus para um calendário. E olha que lá faz um frio de lascar…

Previscam - O vereador Edoel Rocha diz que não entende porque só agora a alíquota da Previscam subiu para 16%. Segundo ele, desde o tempo em que chefiou a instituição (93/96) já existia um cálculo atuarial sugerindo esse percentual. Ah, antes tarde...  

Perfume - O secretário Arno Ferrari (Ação Social) reagiu com bom humor à entrevista de uma conselheira do Conselho Tutelar, que disse na TV Carajás que ele “não fede nem cheira”. Arno informou que já comprou um perfume. E dos bons! Viu, se era esse o problema...